Dica
de Filme: Millennium - Os Homens Que Não Amavam as Mulheres (The Girl With The
Dragon Tattoo)
Inteligente,
bem feito, fiel.
Mikael Blomkvist é um jornalista investigativo da cultuada revista Millennium, que passa por uma crise por conta do próprio jornalista. Mikael está em processo judirídico por difamação e calúnia, depois de publicar um artigo sobre um grande dono de empresas, Hans-Erik Wennerström, na qual expunha supostas falcatruas feitas pelo empresário. Após perder a causa, Blomkvist é sondado por Henrik Vanger, famoso dono de muitas indústrias, a resolver um mistério de mais de 40 anos: o desaparecimento de sua sobrinha. Paralelo a isso, a obscura e perturbada (porém brilhante) hacker Lisbeth Salander, funcionária investigativa da Milton Security, que fez um relatório sobre Mikael, enfrenta seus próprios e grandes problemas. O destino acaba juntando os dois na investigação do mistério, que é mais sombrio e perigoso do que eles pensam.
Eu só soube da existência da
trilogia Millennium depois de assistir a este filme fantástico.
Quando a versão sueca da adaptação da
trilogia best-seller Millennium surgiu
e fez um tremendo sucesso, nacional e internacionalmente, Hollywood, que parece
estar passando por uma crise de criatividade, ficou de olho no filme policial.
Não é para menos, o primeiro livro da trilogia é competente, inteligente e
instigante ao nível máximo.
O filme foi lançado no final de 2011
e conseguiu cinco indicações ao Oscar, incluindo o de melhor atriz para Rooney
Mara, no papel de Lisbeth Salander. Mais do que merecido. Ela não ganhou o
Oscar, porém se solidificou como uma das melhores atrizes da atualidade.
A fotografia densa consegue repassar
o clima pesado do filme. Assim como suas cenas fortes, extremamente bem feitas.
E não são poucas. David Fincher (o diretor) soube muito bem como conduzir as
cenas, principalmente essas tal fortes que mereciam um cuidado maior para não
parecerem gratuitas ou forçadas. A trilha sonora (impecável) do filme ajuda
muito a criar esse clima denso, embalando muitas outras cenas de modo
fantástico. Além é claro das atuações brilhantes durante todo o filme, que
deixa a película melhor ainda.
Daniel Craig entrega um Mikael
Blomkvist fantástico. A personalidade do ator se encaixou com a do personagem
de um modo incrível. Ele conduz Mikael em perfeita sintonia, e foi
com certeza uma ótima escolha. Christopher Plummer ainda melhor no papel de
Henrik Vanger. O trabalho brilhante do ator chega a nos repassar a tristeza e
angústia do personagem, dá um show completo. Stellan Skarsgard se sai
extremamente bem também como Martin Vanger, assim como quase todo o resto do elenco e seus respectivos personagens.
Mas como já era de se esperar, o
destaque mesmo, vai para Rooney Mara, interpretando uma das heroínas mais
difíceis e conturbadas de todo o cinema. Rooney se entrega de um jeito
assombroso à interpretação de Lisbeth Salander, desde seus olhares profundos e
enigmáticos à seu jeito de agir, falar, pensar… de ser Lisbeth Salander. A escolha de Rooney foi perfeita para o
papel. Uma atriz audaciosa, e que entrega a personagem de um modo real. Uma
Lisbeth Salander em carne, osso e alma.
Um dos maiores méritos do filme,
também, é a sua fidelidade ao livro. Algumas coisas mudaram bastante, o que ajudou
muito o filme. Como a revelação do mistério principal. No livro, para se
saber a verdade, nos capítulos finais, Mikael viaja, viaja e viaja. O que seria
cansativo demais no filme que já tem uma duração considerável (mais de 2
horas e meia de duração). A solução que foi encontrada para o filme foi mais prática, e
também não afetou-o grandiosamente. Porém, dois detalhes, não muito
grandes, mas, significantes não deixaram o filme perfeito. Erika Berger e
Millennium. Enquanto no livro a relação entre
Erika e Mikael parece natural, no filme parece forçada, fora
de contexto. Talvez pela escolha da atriz ou enfim, um detalhe no roteiro que
preferiram deixar pra lá. Outro problema, um pouco maior, foi o fato de a
revista Millennium estar ofuscada no filme. Enquanto no livro a redação está
sempre presente, quase que como um personagem (a revista dá até nome à trilogia),
no filme, está apagada parecendo apenas como um mero capricho. Não foram erros
muito preocupantes apenas uma pequena parte que poderia ter sido mais bem
desenvolvida.
Apesar dos detalhes, Millennium: Os
Homens Que Não Amavam as Mulheres consegue ser um filme fantástico. Instigante,
inteligente, extremamente bem feito. Aguardo sua continuação ardorosamente, e, como já li a trilogia inteira, sei que potencial para ser incrível, a continuação tem
de sobra.
Particularmente eu prefiro a versão sueca, embora eu realmente adore o Daniel Craig. Hehehehe
ResponderExcluirVim aqui avisá-los que deixamos um selinho pra vocês e agradecer pela indicação à campanha de incentivo à leitura :)
http://minhametadeleitura.blogspot.com.br/2013/01/selos.html
Ainda não tive chance de assistir a versão sueca :/
ExcluirObrigado pelo selinho! (:
Tenho muita vontade de assistir o filme, mas eu gosto de ler o livro primeiro, onde encontro tempo pra ler? Tantos livros! E tão pouco tempo!Rsrs. Vou me organizar e ler o livro, e depois assistir esse filme que só tem boas indicações. Beijo.
ResponderExcluirDaniele
http://livrosparaamar.blogspot.com.br/
Sim sim, haha o filme é ótimo mas o livro é melhor. Recomendo os dois (:
ExcluirOi Rudy! Além de ver várias críticas positivas, tanto em relação ao filme quanto ao livro, seu post me deixou mais empolgada para conferir ambos!
ResponderExcluirEu gosto de ler o livro antes para não ser influenciada pelas faltas que os filme normalmente tem... Aliás, pelo o que você disse, nesse não tiveram muitas, ainda bem! Mas mesmo assim, vou me segurar um pouquinho e tentar ler o mais rápido possível (: Beijo!
Lis, Our Books on the Shelf.
http://ourbooksontheshelf.blogspot.com.br
Sim, sim o filme é realmente bem fiel (:
ResponderExcluirAmbos são ótimos